A BOA PROGRAMAÇÃO
É ILIMITADA, trabalha com a possibilidade de todos os filmes, relaciona-se com
É ILIMITADA, trabalha com a possibilidade de todos os filmes, relaciona-se com
o cinema todo.
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Pergunta O QUE É PROGRAMAR.
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SALVA os filmes de se perderem num passado sem história.
Trabalha os preciosos fragmentos de um arquivo em constante formação.
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NÃO mostra reproduções.
Respeita a integridade dos filmes, procura a MELHOR cópia.
Projecta película em película, vídeo em vídeo, digital em digital.
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Transforma um filme pela articulação.
Não é temática. É TRAFICANTE.
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Trata O PASSADO COMO PRESENTE, aproximando ”as coisas que nunca
foram aproximadas e não pareciam predispostas a sê-lo”.
foram aproximadas e não pareciam predispostas a sê-lo”.
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Dá a ver, mostra de novo, revê .
Insurge-se contra a VERTIGEM da actualidade.
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Prefere o E em vez do OU
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INTERPRETA.
Faz e refaz a história do cinema. Escreve-a com os filmes.
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NÃO FAZ HOMENAGENS, FAZ RETROSPECTIVAS.
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Leva a ver, pela APROXIMAÇÃO e pelo DESCONCERTO, o que não se viu
e/ ou o que não se veria.
e/ ou o que não se veria.
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Pensa COM os filmes e com as ligações que tece entre eles.
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TROCA as voltas ao espectador.
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É DISRUPTIVA, não quer construir um cânone, é aberta ao espanto.
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SUSPENDE temporaria e indeterminadamente sessões quando é
impossibilitada de se realizar.
impossibilitada de se realizar.
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É provocada por um estado de coisas e ao mesmo tempo influencia-o.
Programa NÃO quando é preciso.
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Pratica o desalinhamento por perseverança;
é DESALINHADA para que se possa cumprir.
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É indisciplinada, inadaptada, não reconciliada.
NÃO ESPERA PARA VER.
por Inês Sapeta Dias, Sílvia das Fadas, Ana Eliseu e Inês Martins
por Inês Sapeta Dias, Sílvia das Fadas, Ana Eliseu e Inês Martins