Em rectificação da informação noticiada pela agência Lusa, e reproduzida no Diário de Notícias, Diário Digital, jornal Sol e site da TVI24, afirmamos, ao contrário do que foi publicado, que o debate convocado para as 19h30 do dia 13 de Abril, na Cinemateca Portuguesa, não foi um debate agendado pelo Bloco de Esquerda ou por qualquer outra formação partidária, tratando-se, sim, de um encontro organizado por um movimento espontâneo e apartidário de espectadores da Cinemateca Portuguesa.
Tão-pouco se trata de uma reacção especificamente dirigida contra cortes orçamentais.
É, sim, um alerta para o estrangulamento da actividade da Cinemateca, nas suas dimensões de programação e restauro do património cinematográfico.
Este é um efeito da Portaria n. 4-A/2011, de 3 de Janeiro, que submete a “parecer prévio vinculativo dos membros do governo responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração Pública” a “celebração ou renovação de contratos de aquisição de serviços”.
Dada a especificidade do trabalho desenvolvido na Cinemateca, que obriga ao regular recurso a serviços externos (manutenção, legendagem, transporte de filmes, etc.), esta Portaria está já a pôr em causa a preservação do património fílmico nacional, único e irrecuperável, bem como a programação de cinema.
O sinal visível deste constrangimento é o encerramento de uma das duas salas da Cinemateca, que se traduz em 46 sessões canceladas no mês de Abril.
Movimento de Espectadores da Cinemateca
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